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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

‘Setor de seguros rima com reformas estruturais que a nação precisa e deseja’, diz Marcio Coriolano




Presidente da CNseg, que participou da abertura do 20º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, em Goiânia, afirma que setor precisa ser inserido nas políticas públicas que conduzam o país a uma nova fronteira sustentável

O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Serôa de Araujo Coriolano, ressaltou nesta quinta-feira (12) na abertura do 20º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, em Goiânia, a resiliência do setor de seguros durante o período recessivo recente no Brasil. Coriolano também destacou que o momento é de retomada do crescimento sustentado e inclusivo. Mas deixou claro que o setor hoje se mostra maduro o suficiente para requerer um assento nos órgãos deliberativos do sistema securitário e ocupar espaço no centro das políticas públicas do país, defendendo um papel institucional que seja proporcional à importância do seguro para a sociedade brasileira.
”Queremos estar no centro das políticas públicas que conduzam o país a uma nova fronteira civilizatória, sustentável, porque a proteção do seguro rima com sustentabilidade. Rima com a economia de gastos do governo. Rima com as reformas estruturais que a nação precisa e deseja. Rima com progresso. Portanto temos o direito de requerer um assento nos órgãos deliberativos do sistema securitário, no CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) e no Consu (Conselho Nacional de Saúde Suplementar). Estamos maduros para tanto”, disse Coriolano, que completou: “E essa resistência do setor de seguros não é fruto do acaso, mas é resultado da crescente preferência da população pela proteção securitária. e é também fruto da confiança de seguradores e corretores no futuro do país, com estabilidade, ética e progresso.”
O presidente da CNseg frisou sobre a importância de uma proposta junto aos três Poderes articulada e assertiva de medidas que permitam liberar a contribuição decisiva do sistema de seguros para a recuperação da economia e para o suporte à sociedade, em novas bases. “Essas medidas já são consensualmente conhecidas e equacionadas”, ponderou Coriolano, que, segundo ele, são as seguintes: a privatização do seguro de acidentes do trabalho; o destravamento das normas subsidiárias para o seguro de vida universal e dos novos VGBL e PGBL; a conclusão da nova Lei de licitações e do seguro de garantia de obras; a criação do tão almejado Previsaúde; o novo modelo de garantias do seguro rural e a regulamentação inclusiva do microsseguro e da livre escolha de oficinas referenciadas no seguro de Auto popular.
Coriolano sinalizou também para a importância de um regime especial de agência para a Superintendência de Seguros Privados (Susep). “Temos o direito de apoiar firmemente o fortalecimento da Susep como autarquia blindada e com regime especial de agência. Ela está madura para tanto”, afirmou ele, que elogiou o empenho do superintendente da Susep, Joaquim Mendanha, na adoção de medidas urgentes para que o setor suportasse a crise econômica do país com ações e respostas precisas ao mercado e aos consumidores de seguros. Coriolano também destacou o trabalho conjunto com a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), que tem como presidente Armando Vergílio, na busca contínua de uma agenda comum produtiva para o setor.
O presidente da CNseg concluiu seu discurso elogiando a Fenacor por eleger como tema central do Congresso “O mundo digital”. “Longe de representar uma ameaça, saberemos reconhecer aqui uma oportunidade de unir as novas tecnologias já abraçadas pelos cidadãos e uni-las com o papel indispensável do corretor de seguros de orientar e dar suporte para as melhores escolhas dos consumidores”, finalizou.
Joaquim Mendanha, em seu discurso, exaltou a relevância do evento para o setor de seguros e o papel do corretor para o desenvolvimento do mercado. O superintendente da Susep também assinalou a necessidade de a autarquia também trabalhar como agente para a evolução do setor, criando inclusive produtos. "A palavra que melhor se encaixa e está faltando para esse mercado é ousadia. Esse mercado precisa voltar às suas origens para que ele possa responder às necessidades desse consumidor final", disse ele, que ressaltou ainda o amplo diálogo que vem empregando com todos os atores do mercado securitário. "Temos trabalhado muito para esse ambiente aqui favorável."

Combate ao mercado marginal
Os avanços da proteção veicular e do mercado marginal também foram lembrados nos discursos de abertura do congresso dos corretores. Coriolano foi incisivo ao afirmar que este mercado à margem da legislação e sem regulação. "Estamos juntos para combater essa praga chamada de proteção veicular", verbalizou Coriolano, que defende o livre mercado, porém com todos devidamente regulados e respeitando à concorrência.
A Susep determinou à área de conduta da autarquia que no máximo em 20 dias seja apresentada a solução final para a atividade da proteção veicular no país. "Tenho certeza de que será importante para o combate a esse mercado marginal", frisou. "Também com relação ao mercado marginal estarei na próxima semana lançando um grupo de trabalho, com a Fenacor, a ENS (Escola Nacional de Seguros) e a CNseg para que possamos estudar quais as atuações que podemos fazer com esse mercado (marginal) para que possa ter o seu fim e que o espaço seja ocupado pelo mercado regulado", afirmou.
O presidente da Fenacor, Armando Vergílio, foi enfático ao afirmar que o cenário atual, sobretudo por ser ditado pela via digital, exige uma célere adaptação do setor securitário. Caso contrário, o avanço do mercado marginal se intensificará ainda mais, como acontece atualmente com a proteção veicular. "E isso irá para outros ramos do seguro", alertou ele, para quem a situação somente será revertida com uma aliança dos principais atores do mercado para sensibilizar governo e reguladores. Segundo ele, falta realmente interesse do governo em colocar o seguro em uma agenda pública para o desenvolvimento do país, mas falta também uma mobilização maciça do setor para que isso se concretize, recorrendo à inovação, sobretudo a tecnológica, para atrair o consumidor. "O desafio mais gritante para o seguro é a falta de produtos inovadores", disse Vergílio, para quem o mercado de seguros cresceu, desenvolveu-se, mas ostentou ao longo dos anos muitas cicatrizes. "É preciso que o seguro saia da zona de conforto", completou.
Também participaram da mesa de abertura do evento o governador de Goiás, Marconi Perillo, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Henrique de Oliveira, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o presidente da ENS, Robert Bittar, o presidente do Sincor-GO, Henderson de Paula Rodrigues, e o deputado federal Lucas Vergílio (SD/GO).

A CNseg
         A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) congrega as empresas que compõem o setor, reunidas em suas quatro federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap).
            A CNseg tem como missão primordial representar as suas associadas no relacionamento com a sociedade, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além das entidades nacionais e internacionais do setor, disseminando, assim, a cultura do seguro por meio do Programa de Educação em Seguros e de outras ações de amplo alcance.