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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Nova previsão é de que o Banco Mundial deve disponibilizar R$ 1,3 milhões para implementação da Zona Internacional de Serviços Logísticos

A Secretaria estadual de Transportes do Rio de Janeiro vai solicitar um aditivo de R$ 1,3 milhões ao Banco Mundial para implementar a Zona Internacional de Serviços Logísticos (Zis-L) dentro do mapa da infraestrutura logística do estado, o Plano Estratégico e Logístico de Cargas (PELC). O prazo para receber o dinheiro é 24 de março, mesma data limite para a entrega do PELC ao Governo do Estado. De acordo com o subsecretário da pasta e coordenador do PELC, Delmo Pinho, a Zis-L, idealizada pelo presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio), Paulo Protasio, será responsável por dar excelência à infraestrutura logística já existente entre o Rio de Janeiro com Minas Gerais e com o Centro-Oeste brasileiro, visando tornar o estado fluminense um hub global no setor.

Delmo Pinho, Eduardo Rebuzzi e Sílvio Ferreira de Carvalho Junior
presidiram a reunião de análise final do PELC 2045

“Temos essa expectativa e o Banco Mundial tem nos mostrado que está interessado em nos ajudar. Minas Gerais não tem porto, nem um sistema aeroportuário potente como o nosso. Temos toda condição de mirar esses nossos esforços para Minas Gerais e Centro Oeste. Se conseguirmos chegar no Sul de Minas será muito bom, pois, é uma região riquíssima. Assim como a Zona da Mata, Belo Horizonte e Brasília”, afirmou Delmo Pinho, nesta terça-feira (16/2), na ACRio, durante reunião de análise final do PELC, antes do plano ser entregue ao governador Luiz Fernando pezão, em março.

Na questão portuária, Delmo Pinho destacou que nenhum porto da América Latina é capaz de operar hoje o maior porta-contêineres do mundo, o navio Benjamin Franklin, que opera na rota Estados Unidos – Ásia. Ainda de acordo com o subsecretário estadual de Transportes, o Rio de Janeiro precisa se preparar para, em um futuro próximo, poder atender demandas como essa.

“O Brasil terá que contar com alguns portos capazes de receber esse tipo de navio. E nós temos que começar a preparar nossa infraestrutura para isso. No PELC existe um projeto de dragagem em várias etapas no Porto do Rio para que possamos receber navios um pouco menores do que esse, mas bem próximos. Isso está mais detalhado em um documento que é o Porto do Rio Século XXI, feito em conjunto com a Associação Comercial do Rio de Janeiro”, lembrou Delmo.
Outro estudo estratégico do PELC diz respeito à conexão logística do Vale do Paraíba nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo Delmo Pinho, enquanto as cidades fluminenses utilizam a rodovia Presidente Dutra como via de transporte público coletivo, as de São Paulo investem no sistema Ayrton Senna, com sete vias em cada mão, e na expansão da Rodovia Carvalho Pinto, até o acesso para Ubatuba, a apenas cinco quilômetros da Dutra.

“Os planos diretores de cidades como Resende, Volta Redonda e Barra Mansa já utilizam a Dutra como ponto de distribuição de passageiros. Na Baixada Fluminense, por exemplo, quem é que viabiliza o acesso das pessoas a nova Iguaçu, a Belford roxo? É a Dutra. Então, ela vai adquirindo uma função urbana cada vez maior. E nós não vamos conseguir competir carga com São Paulo nessas condições”, sentenciou.
Delmo Pinho ressaltou ainda a volta do trem de carga expresso no eixo Rio – São Paulo. Ele destacou o Terminal Intermodal de Itatiaia, que liga o Porto do Rio de Janeiro até a região do Vale do Paraíba, e traz maior agilidade nas operações logísticas na região, fazendo o transporte de uma grande quantidade de cargas e ajudando a amenizar o trânsito na rodovia Dutra.

De acordo com Delmo Pinho, o PELC será responsável por melhorar a infraestrutura logística
do estado e, consequentemente, sua competitividade e mobilidade urbana

“No PELC, temos uma previsão de intensificar o transporte da carga geral via ferrovias. Hoje, com o Multiterminal de Itatiaia, o que será construído em Queimados, projeto que a empresa MRS já adquiriu a área, e outros de São Paulo, poderemos migrar containers de carga geral gradativamente, que para transporte ferroviário fica mais econômico, eficiente e seguro. Dessa maneira é possível descomprimir aquela quantidade enorme de caminhões que ficam na Dutra”.
Com recursos de R$ 5,5 milhões do Banco Mundial, o Plano Estratégico de Logística e Cargas (PELC 2045) foi lançado dia 13 de novembro de 2013, na Associação Comercial do Rio de Janeiro. O PELC foi elaborado em um processo totalmente participativo que contou com o apoio de agentes operadores de logística, representantes dos setores público, privado e da sociedade civil.
O Plano será entregue, em março, pelo Governo do Estado. A Associação Comercial do Rio de Janeiro, que sediou boa parte das reuniões preparatórias do PELC, é uma das entidades parceiras que irá acompanhar a implantação do plano. O anúncio do lançamento do mapa da infraestrutura logística do estado, com projetos e soluções aos principais gargalos, tendo por base um horizonte até 2045, foi feito no dia 02 de fevereiro, pelo secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, na ACRio. Essa é a maior transformação viária de toda a história do Rio de Janeiro e os projetos de mobilidade urbana prometem deixar um legado de melhorias em infraestrutura para os cidadãos.