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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Fórum de Tecnologia

CRU E TRANSITÓRIO: exposição associa performance, instalação, cerâmica, fotografia, vídeo, música e dança

Exposição associa performance, instalação, cerâmica, fotografia, vídeo, música e dança
Projeto transdisciplinar idealizado por  Benedikt Wiertz e sete artistas convidados ocupa o Sesc Palladium entre os meses de dezembro e janeiro –  ações são gratuitas

Entre os dias 12 de dezembro de 2015 31 de janeiro de 2016, a Galeria de Arte GTO do Sesc Palladium (R. Rio de Janeiro, 1046 - Centro) recebe CRU E TRANSITÓRIO, projeto transdisciplinar que associa performance, instalação, cerâmica, fotografia, vídeo, música e dança. Ao longo do período de visitação, o público será convidado a acompanhar seis performances cujos registros irão, aos poucos, preenchendo o espaço da galeria (ver programação abaixo). A exposição, realizada em parceria com o centro cultural, pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 9h às 21h (exceto entre os dias 21.12.15 e 04.01.16, período de recesso do Sesc Palladium). A entrada é gratuita.

O projeto, que tem curadoria do crítico de arte suíço Joerg Bader, é resultado de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida desde 2008 pelo artista alemão, ceramista, ex-diretor e ex-professor da Escola Guignard (UEMG) Benedikt Wiertz e abrange, de maneira transversal, os campos da arte contemporânea. O ponto de partida da exposição são quatro ações processuais realizadas em dezembro no Sesc Palladium. De modo contínuo, a cada nova performance, o espaço da galeria (quase vazio no início) receberá fotografias e vídeos das ações precedentes – a exposição irá sendo construída, assim, ao longo do período de visitação. “A exposição explicita o processo de sua produção, totalmente em contraste com as exposições de arte convencionais, que apresentam obras já produzidas. Isso implica que o primeiro lance será também o último e que o espaço da exposição se tornará uma oficina de produção, isto é, um atelier de artista. ​Cru e Transitório é um experimento coletivo”, explica Benedikt.

A argila é o elemento agregador que deixa como rastro as impressões do encontro entre os participantes desse experimento, que desenvolvem ações sempre ao lado de Benedikt: a bailarina e coreógrafa Michelle Moura e o artista e músico do ​grupo Grivo,Nelson Soares​ (performance Infiltração Homogênea, no dia 12.12.15, às 16h); o performer Shima​ (Avesso, dia 15.12.15, às 19h); o artista Jorge dos Anjos (Espaço Entre, 17.12.15, às 18h)​; as artistas e cozinheiras da dupla Cozinha Kombinada, Silvia Herval e Joseane Jorge (O Devorador Devorado, 19.12.15, às 19h); Paulo Nazareth​ (Al2O3 - 3H2O norte sul este oeste, 21.01.16, às 19h); eBenedikt Wiertz (Peça a Peça, 23.01.16, às 16h). Os fragmentos de argila que restarem das performances serão expostos numa estante no espaço de exposição.

“Os vestígios dos pés e as impressões corporais que resultam das performances pertencem, como os registros fotográficos e videográficos, à categoria do índice. Todos os quatro são, no final das contas, rastros que apontam para uma presença anterior. ​Cru e Transitório é também, em certo sentido, uma desconstrução do princípio da arte do ceramista – o espaço vazio é preenchido com argila, em vez de a argila ser moldada e servir como receptáculo para o oferecimento da comida”, explica Benedikt.

PROGRAMAÇÃO / PERFORMANCES

Abertura da exposição:
Infiltração Homogênea / ​com Michelle Moura, Nelson Soares e Benedikt Wiertz 
12.12.2015, às 16h, Galeria de Arte GTO (90 min)
Infiltração Homogênea ​é um trabalho sobre o ato da criação – não é o resultado, mas sim o processo de desenvolvimento que está em primeiro plano. Matéria e emoção trombam e se aglutinam numa encruzilhada, misturada, amassada e esfolada – a matéria em todas as suas formas é o cerne desta performance.

Avesso / ​com Shima e Benedikt Wiertz
15.12.15, às 19h, Galeria de Arte GTO (120 min)
A performance é o encontro de dois homens e suas culturas. A ação Avesso revela a polivalência de formas ou de fôrmas artísticas apontando para fôrmas culturais. A argila dá forma a alguma coisa lacunar, é possibilidade de dar forma a uma ausência, matéria pastosa que vem a se moldar. Morfogênese: o corpo como a argila se moldam e deixam suas marcas.

Espaço Entre ​/ com Jorge dos Anjos e Benedikt Wiertz
17.12.2015, às 18h, Galeria de Arte GTO (90 min)
Impressões, marcas produzidas pela pressão de um corpo sobre uma superfície: corpo sobre a massa/argila imprimindo texturas e sentidos. De um corpo, de uma cultura próxima à outra. Privilegiando as extremidades dos corpos, ora negro, ora branco, os artistas Jorge dos Anjos e Benedikt Wiertz mostram, nessa intervenção/ação , como opera na escultura uma dialética cultural, ou seja, como é possível produzir em sua arte uma fricção de ordens diferentes.
 
O Devorador Devorado ​/ banquete com a dupla Cozinha Kombinada (Joseane Jorge e Silvia Herval) e Benedikt Wiertz
19.12.15, às 19h, Foyer Augusto de Lima (180 min)
A partir da primavera começaram as pesquisas e os preparos para compor um grande festim aberto. Em O Devorador Devorado o artista Benedikt Wiertz e a dupla Joseane Jorge e Silvia Herval (Cozinha Kombinada) propõem uma experiência culinária a partir da elaboração de utensílios de argila e alimentos produzidos para a ação. Em 2014, a dupla realizou uma primeira experiência junto com Benedikt Wiertz no banquete “os pombos do amor e outras delícias” utilizando técnicas de preparo de alimento com argila crua dentro de um laboratório de experimentação artística.
A Dupla Cozinha Kombinada propõe em seu trabalho a investigação de redes de produção e distribuição locais; técnicas de processamento alternativas visando o aproveitamento integral dos alimentos e o compartilhamento dos modos de fazer, receitas, histórias e saberes.
 
Al2O3 - 3H2O norte sul este oeste ​/ com Paulo Nazareth e Benedikt Wiertz
21.01.16, às 19h, Galeria de Arte GTO (90 min)
Paulo Nazareth e Benedikt estão desenvolvendo ​desde julho de 2015 esta ação/performance que consiste em registros de materiais como argila, restos vegetais de seu processamento e de registros fotográficos recolhidos em andanças na região metropolitana de Belo Horizonte. Trata-se de uma prospecção no duplo movimento de sua realização: ir pela cidade em busca de argila sem muitas certezas e, durante esse processo de coincidências, derivar o que acontecerá na exposição. O material e os registros desse trabalho em processo serão usados para uma ação/performance que será apresentada pela primeira vez na exposição Cru e Transitório.

Peça a Peça / com Benedikt Wiertz
23.01.16, às 16h, Foyer Augusto de Lima (240 min)
Em Peça a Peça, Benedikt Wiertz convida o público presente a sentar-se numa mesa e desenhar em folha de papel um objeto cerâmico que gostaria de ter. Em seguida, o artista produz o objeto desejado, permitindo que o visitante propositor assista à realização da sua criação, que depois será exibida em uma prateleira dentro da exposição Cru e Transitório.

// SERVIÇO

Exposição ‘CRU E TRANSITÓRIO’
De 12 de dezembro de 2015 a 31 de janeiro de 2016
Galeria de Arte GTO do Sesc Palladium (R. Rio de Janeiro, 1046 - Centro)

Abertura: 12 de dezembro, sábado, às 16h
Visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h (exceto entre os dias 21.12.15 e 04.01.15, período de recesso do Sesc Palladium)

performances:
12.12.2015, às 16h, Galeria de Arte GTO | Infiltração Homogênea, com Michelle Moura, Nelson Soares e Benedikt Wiertz  (90 min – classificação indicativa: 16 anos)
15.12.15, às 19h, Galeria de Arte GTO | Avesso, com Shima e Benedikt Wiertz (120 min – classificação indicativa: 16 anos)
17.12.2015, às 18h, Galeria de Arte GTO | Espaço Entre, com Jorge dos Anjos e Benedikt Wiertz (90 min – classificação indicativa: livre)
19.12.15, às 19h, Foyer Augusto de Lima | O Devorador Devorado, banquete com a dupla Cozinha Kombinada (Joseane Jorge e Silvia Herval) e Benedikt Wiertz (180 min – classificação indicativa: livre)
21.01.16, às 19h, Galeria de Arte GTO | Al2O3 - 3H2O norte sul este oeste, com Paulo Nazareth e Benedikt Wiertz (90 min – classificação indicativa: livre)
23.01.16, às 16h, Foyer Augusto de Lima | Peça a Peça, com Benedikt Wiertz  (240 min – classificação indicativa: livre)
 
ENTRADA GRATUITA

Quarteto Radamés Gnattali lança o DVD com concerto na Sala Cecília Meireles

Evento acontece no dia 8/12, às 20h, com ingressos a preços populares
Um concerto, no próximo dia 8 de dezembro , na Sala Cecília Meireles , marcará o lançamento do DVD " Rio 450° - A música nos detalhes da cidade", com o Quarteto Radamés Gnattali. No programa, obras de compositores brasileiros como Villa-Lobos, Ricardo Tacuchian, Claudio Santoto e Radamés Gnattali. O projeto busca celebrar os 450 anos do Rio por meio da música e de imagens que retratem a rotina da cidade.

A apresentação terá início às 20h e os ingressos serão vendidos a preços acessíveis - R$10 e R$5 (meia).


Sobre o DVD "Rio 450° - A música nos detalhes da cidade"

A ideia de homenagear a cidade, mostrando as várias nuances da chamada "carioquice", partiu da Baluarte Cultura, agência que há 10 anos busca pensar projetos que possam contribuir para novos olhares e ampliação de percepções sobre temas diversos. De acordo com Paula Brandão, uma das sócias da empresa e responsável pela concepção do projeto, o objetivo do DVD é retratar um Rio de Janeiro clássico, que conversa com o popular. "A chegada das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro nos inspirou a pensar de que forma poderíamos homenagear a cidade que respira cultura e nos proporciona tantas realizações memoráveis", explica.

A missão de inserir as seis faixas selecionadas por Carla Rincón (diretora musical do DVD) no universo carioca ficou por conta de Paulo Henrique Fontenelle (do aclamado Cassia Eller), que assina a direção e montagem do vídeo. A realização é da Baluarte Cultura e o projeto conta com a apresentação e o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Cultura, e da Schlumberger, copatrocínio da Wilson Sons e apoio da AMT e Mills, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS.

Para fugir do mero registro de um concerto, o diretor Paulo Henrique Fontenelle mesclou imagens do grupo executando as músicas em espaços bem cariocas e carregados de história - como o Parque das Ruínas, o Semente, o Centro Cultural Carioca e a Sala Cecília Meireles - com cenas da cidade ao longo de 24 horas. Com ângulos inusitados, são exibidos quadros do amanhecer na praia, da feira, da natureza, da garotada batendo bola e soltando pipa, da feira hippie, do cafezinho, do fim de noite na Lapa. "Tenho uma ligação com música muito forte. Dirigi filmes sobre artistas da música brasileira, como Arnaldo Batista e Cássia Eller, e mais de 20 videoclipes. E o Rio 450° é um grande videoclipe, que tem a cidade como protagonista", explica o diretor.

O repertório selecionado por Carla Rincón (que é violinista do Quarteto Radamés Gnattali) é composto por obras de compositores brasileiros que tiveram o Rio de Janeiro como principal pano de fundo para o desenvolvimento de suas trajetórias musicais. "O espectador vai ver a alma do Rio de Janeiro nesse vídeo. Não só o óbvio, que são as praias, o Cristo, as mulheres bonitas, mas algo mais profundo, o convívio com o outro, o povo trabalhador. O Paulo (Fontenelle) fez isso de uma forma muito particular e dinâmica", afirma Carla.

A primeira peça executada é o Quarteto Popular para violinos, viola e violoncelo (3º movimento), de Radamés Ganattali. Permeando as imagens do Quarteto no tradicional Bar Semente, na Lapa, estão a orla de Copacabana e cariocas praticando esportes, além de barcos e praças. Em seguida, Quatro quadros de Jan Zach para violinos, viola e violoncelo (4º movimento) tem os músicos no Centro Cultural Carioca e imagens de feiras e as cores de suas frutas e flores.

Imagens da Escadaria Selarón, na Lapa, florestas e animais acompanham o quarteto durante a execução do Quarteto de cordas nº 3 (2º movimento), de Heitor Villa-Lobos. Nessa faixa, os músicos também aparecem no Bar Semente. O violonista Fabio Zanon faz uma participação no DVD durante a quarta música. Estação Mangueira, de Maurício Carrilho, é levada pelo "quinteto", também no CCC, sob imagens que remetem à boemia carioca, como a o tradicional chope e os arcos da Lapa. Em seguida, durante a execução do Quarteto de cordas nº 3 Bellagio, de Ricardo Tacuchian, o espectador será presenteado com imagens do Cristo Redentor e de murais com mensagens do Profeta Gentileza. Para essa interpretação, o grupo foi filmado em todas as locações anteriores mais a Sala Cecília Meireles (Espaço Guiomar Novaes) e o Parque das Ruínas. Para fechar o DVD, o Terceiro Quarteto de Cordas (1º movimento), de Claudio Santoro. Imagens do Quarteto Radamés Gnattali, na Sala Cecília Meireles, se mesclam com a paisagem do Rio.


Sobre o Quarteto Radamés Gnattali 

Com o repertório basicamente dedicado à música brasileira, os músicos se apresentam regularmente em grandes festivais, com turnês por Europa, África, América do Sul e do Norte. Vencedor dos prêmios Rumos Itaú 2007 e XIII Prêmio Carlos Gomes como melhor conjunto de câmara do Brasil em 2009, indicado para o Grammy Latino 2012, Prêmio da Música Brasileira 2013 e Prêmio de Cultura do Governo do Rio de Janeiro 2012-2013, o Quarteto Radamés Gnattali despontou como o primeiro no mundo a gravar em DVD e Blu-ray os 17 Quartetos de Cordas do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos.

Sobre a Baluarte Cultura 

A Baluarte é uma empresa especializada em consultoria, gestão e capacitação cultural, com mais de 70 projetos realizados no Brasil e no exterior. Com excelência na área cultural, viabiliza ações criativas e transformadoras nas mais diversas linguagens, atendendo a importantes patrocinadores do segmento no país por meio das leis de incentivo à cultura. A Baluarte acredita que ações culturais trabalhadas de forma estratégica geram impactos positivos e são uma excelente ferramenta de comunicação de conteúdos.

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FICHA TÉCNICA :
"Rio 450° - A música nos detalhes da cidade"
Quarteto Radamés Gnattali: Carla Rincón (violino) / Andréia Carizzi (violino) / Estevan Reis (viola) / Hugo Pilger (violoncelo)
Realização: Baluarte Cultura
Correalização: Caixa de Música Produção para as Artes
Direção musical: Carla Rincón
Patrocínio: Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e Schlumberger
Copatrocínio: Wilson Sons
Apoio: AMT e Mills


PROGRAMA :
1- Quarteto Popular para Violinos Viola e Violoncelo
Radamés Gnattali
Movido
Lento
Allegro Moderato

2- Quarteto de Cordas nº 3 (2º MOV)
Heitor Villa-Lobos

3- Quarteto de Cordas nº 3 Bellagio (2º mov Moderato)
Ricardo Tacuchian

4- 3º Quarteto de Cordas (1º mov)
Claudio Santoro

5- Quatro Quadros de Jan Zach Para Violinos Viola e Violoncelo
Radamés Gnattali
Poeta Brasileiro
Santo do Nosso Século
Paisagem
Feira

6- Cidade Maravilhosa
André Filho
Arranjo: Bruno Jardim



SERVIÇO :
"Rio 450° - A música nos detalhes da cidade", com Quarteto Radamés Gnattali
Data: 08/12
Local: Sala Cecília Meireles
Endereço: Largo da Lapa, n°47 - Lapa / Rio de Janeiro
Horário: 20 horas
Lotação: 670 lugares
Classificação etária: Livre
Duração: 45 minutos
Ingressos: R$10,00 (inteira) / R$5,00 (meia entrada)
Local de venda: bilheteria da Sala Cecília Meireles ou através do site ingresso.com 

"Compliance: Aperfeiçoamento do Modelo de Negócios para o Setor de Petróleo e Gás"

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New Lyrical Abstract, eight friends, one language - no PIC

New Lyrical Abstract, eight friends, one language
Galeria de Arte do PIC inaugura Coletiva Internacional,  nesta quarta-feira, 02/12
                 
Cláudia Coutinho, artista plástica formada pela Escola Guignard e psicanalista mineira inaugura, na Galeria de Arte do PIC Cidade, uma coletiva internacional - New Lyrical Abstract, eight friends, one language - nesta quarta-feira, 2 de dezembro, às 19h30. A mostra vai reunir trabalhos de seis artistas franceses : Gil Quioc, Corinne Reuveyre, François Garros, Bárbara Souchet, Jutta Muller e Céline Weber, além de Michael King e Cláudia Coutinho, que em 2016 estarão também expondo na França.

Após um longo tempo de contato com esses artistas, com trocas e consolidação da amizade, Cláudia decidiu convidá-los para uma mostra no Brasil. Todos eles se expressam em estilo expressionismo abstrato tendendo ao lírico, chamado pelos franceses de “novo lírico abstrato”, e na técnica acrílica sobre tela ou papel.

Assim, Cláudia Coutinho e Michael King, de Louisville - USA, que estará pessoalmente representando o grupo de estrangeiros,  passam a integrar o grupo francês, “Le Collectif 1 – Les Ateliers Partagés”- (Atividades artísticas compartilhadas)  criado  por artistas de Paris, La Rochelle, Cholet e Nantes, com o objetivo de aproximar artistas que falam a mesma linguagem, assim como  aqueles provindos   de  outros setores artísticos, como: escritores, fotógrafos, músicos, cineastas, teatrólogos, etc. O objetivo  é propor e criar soluções  artísticas e econômicas  para a facilitação  das manifestações artísticas em geral, através dos setores públicos e privados.

Essa exposição, coordenada por Cláudia Coutinho, tem como curador  Morgan da Motta, jornalista e crítico de artes, membro da Associação Brasileira  de Críticos de Arte, (ABCA) e da Associação Internacional de Críticos de Arte -  (AICA) -  Orgão da Unesco-Paris.

Fotos: Divulgação

Informações:
Tel: 3542 95 91   Cel. 99973 5473


Coletiva Internacional
New Lyrical Abstract, eight friends, one language
Galeria de Arte do PIC
Rua Cláudio Manoel, 1185 – Funcionários
Abertura: Quarta-feira, 02/12/2015
Aberta ao público: de 3 de dezembro de 2015 a 30 de janeiro de 2016
Horário: 19h30

domingo, 29 de novembro de 2015

FGV ENERGIA / LANÇAMENTO DO CADERNO DE RENOVÁVEIS COMPLEMENTARES

IBGC: PALESTRA - FECHAMENTO DE CAPITAL - RJ

IBGC  
2015
PALESTRA
 
                 FECHAMENTO DE CAPITAL
O fechamento de capital por companhias abertas tem ocorrido com frequência. A Lei das SA e a regulamentação da CVM contemplam regras protetivas aos acionistas dessas companhias, especialmente os minoritários. A realização deste evento pretende dar oportunidade para os interessados se manifestarem, de modo a se ter um melhor entendimento deste fenômeno, bem como identificar eventuais oportunidades de melhoria do sistema regulatório.
PALESTRANTES
Flavia Mouta – Diretora de Regulação de Emissores da BM&F Bovespa 
Diretora de Regulação de Emissores da BM&FBOVESPA, responsável pelo relacionamento com empresas, fundos de investimento e demais emissores cujos valores mobiliários são admitidos à negociação em bolsa. Trabalhou na CVM por 14 anos. Pós-graduada em Direito Civil e processual Civil. Participou do programa de regulamentação da SEC - Securities and Exchange Commission. É também graduada em Química. Por fim, leciona Mercado de Capitais e Direito Societário no LLM da FGV-Rio. 
Gustavo Borba – Diretor da CVM 
Mestre em Direito Comercial pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Gustavo Borba é palestrante do LL.M. em Direito Societário e Mercado de Capitais da Fundação Getulio Vargas (FGV), congressos nacionais e internacionais relacionados ao Direito Empresarial. Possui artigos jurídicos publicados em revistas especializadas, foi Procurador da Advocacia Geral da União (em 2000) e da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (desde 2001), tendo chefiado, de 2007 a 2015, a Procuradoria Especializada da Junta Comercial do Rio de Janeiro.   
Regis de Abreu – Vice Presidente da AMEC 
Graduado em Economia pela UCAM (RJ) é sócio responsável pelo Asset Management da Bozano Investimentos. Apontado pelo Guia Exame como melhor Gestor Especialista (2006) e melhor Gestor de Fundos de Ações (2007). Teve passagens pelos bancos MontrealBank, BMG, SRL. Banco Bozano, Simonsen e SBAM (Santander Brasil Asset Management).
Regis é vice-presidente da Amec e membro dos conselhos de Administração da Valid S/A e da Arca Fomento Agrícola.
 
Renato Proença Lopes – Diretor de Participações da PREVI 
Renato é Bacharel em Tecnologia da Construção Civil pela Universidade Mackenzie (SP). Possui pós-graduação em Administração pela Universidade Paulista (UNIP) e MBA em Gestão de Negócios de Atacado pela FIPECAFI - Universidade de São Paulo (USP). Ingressou no Banco do Brasil em 1992 e, nos últimos anos, ocupou os cargos de Gerente Adjunto Banco do Brasil em Nova Iorque, Diretor Presidente do BB USA, Gerente Executivo Diretoria Comercial e Gerente Geral Corporate. Participou do desenvolvimento inicial da integração e prospecção de negócios envolvendo a carteira do pilar atacado do Banco do Brasil e o Banco Patagônia – Argentina (2010).  
MODERADOR
JOÃO LAUDO DE CAMARGO - Coordenador Geral do Capítulo Rio de Janeiro do IBGC. 
PROGRAMAÇÃO16h30 – Credenciamento17h00 – Mesa Redonda19h00 – Encerramento 
DATA10 de Dezembro de 2015, quinta-feira. 
LOCALAuditório da CVM - 34º andarRua Sete de Setembro, 111Centro - Rio de Janeiro/RJ 
INSCRIÇÃO GRATUITAVagas Limitadas! 
Este evento confere créditos junto ao Programa de Educação Continuada do Programa de Certificação de Conselheiros do IBGC (1 crédito) 
ESTACIONAMENTOPor conta dos participantes 
 CORREALIZAÇÃO

APOIO


 
Inscreva-se
IBGC
Av. das Nações Unidas, 12.551
25º andar - cj. 2508
CEP: 04578-903 | São Paulo/SP
MAIS INFORMAÇÕES
11 99357 7706
ibgcparana@ibgc.org.br
http://www.ibgc.org.br/

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26° Feira Nacional de Artesanato

 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Campanha visa sensibilizar novos doadores e fidelizar os existentes


Sensibilizar novos doadores e fidelizar os já existentes é o objetivo da Campanha Nacional de Doação de Sangue em 2015. A ação vai ao ar a partir desta quinta-feira (26/11) com o slogan “Doar sangue é compartilhar vida” e também uma mensagem de agradecimento aos atuais doadores. Em 2014, cerca de um milhão de pessoas praticaram o ato de solidariedade pela primeira vez, o que representa 38% do total das doações de sangue. Já outras 1,6 milhão (62%) retornaram para doar.

Atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população – o Ministério da Saúde trabalha para aumentar o índice. A expectativa é reforçar a importância dessa atitude por meio da campanha, que contará com spot, vídeo e peças para redes sociais, além da distribuição de material gráfico nos estabelecimentos de saúde.

“O mais importante é despertar o compromisso de um gesto de solidariedade, concretizado com o ato da doação. Por isso, devemos aproveitar este dia para conclamar a população a doar vida, sendo um doador de sangue”, ressalta o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Entre 2013 e 2014, houve aumento de 5% nas coletas de bolsa de sangue no país, passando de 3,5 milhões para 3,7 milhões. Já as transfusões de sangue aumentaram 6,9%. Em 2013, foram realizados 3 milhões de procedimentos, sendo que no ano passado foram 3,3 milhões. O perfil dos doadores de sangue se mantém estável ao longo dos últimos anos. Em 2014, 61% eram do sexo masculino e 39% do sexo feminino. O maior percentual está na faixa etária a partir dos 29 anos, com 59% do total dos doadores, enquanto as pessoas de 18 a 29 anos representam 41%.

“A grande preocupação é sensibilizar novos doadores e agradecer aos que já doaram no sentido de mobilizar que sejam fidelizados no ato da doação. Doar sangue é compartilhar vida, já que uma simples doação pode salvar até quatro vidas. Por isso a importância de conscientizarmos cada vez mais a população para se sensibilizarem com o tema e ajudarem cada vez mais pessoas”, coordenador Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, João Paulo Baccara.

Zika, chikungunya e dengue: entenda as diferenças entre as doenças

Agência Fiocruz de Notícias (AFN) publicou um especial falando sobre o vírus zika, que muitas vezes é confundido com dengue e chikungunya. As doenças são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. 

E, embora zika, chikungunya e dengue apresentem sinais clinicamente parecidos, como febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (rash cutâneo ou machas vermelhas pelo corpo), há alguns sintomas marcantes que as diferem. Confira todas as informações e esclareça duas dúvidas.
 

Evento destaca importância das práticas de monitoramento e avaliação para a saúde

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, por meio do Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais (Laser/ENSP/Fiocruz), e a Secretária Executiva do Ministério da Saúde, por intermédio do Departamento de Monitoramento e Avaliação (Demas/SE/MS), realizarão, de 30 de novembro a 3 de dezembro de 2015, o Seminário Internacional Monitoramento e Avaliação para Ação. O evento, que ocorre no bojo do Ano Internacional da Avaliação, resulta de uma agenda estratégica implementada pelo Ministério da Saúde em 2011, que buscou aprimorar os processos de planejamento, monitoramento e avaliação para proporcionar transparência às ações desenvolvidas e dar visibilidade àquilo que está sendo feito em prol da saúde da população. O seminário será realizado na Fiocruz Brasília, e as inscrições estão abertas para participação nas mesas-redondas.
 
Conforme explicou o diretor do Demas/MS, Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, o seminário faz parte das diversas inovações propostas pelo Ministério nos processos de planejamento, monitoramento e avaliação e na compatibilização do Plano Plurianual (PPA) e do Plano Nacional de Saúde (PNS) - que estão em vigor até o final de 2015.
 
“O evento é parte de uma ampla estratégia iniciada em 2011, quando o MS inovou nas formas de monitoramento e avaliação (M&A), e também na própria concepção dos seus instrumentos de planejamento e gestão. A partir do alinhamento estratégico do PPA e do PNS, incorporamos uma cultura de avaliação e monitoramento de forma mais dinâmica. A parceria com a Fiocruz nos permitiu formar mais de 150 especialistas na área. Além disso, capacitamos cerca de 200 profissionais em oficinas de M&A para o entendimento da importância desse campo e visando criar uma cultura organizacional. Portanto, esse é um caminho que percorremos há quatro anos, e agora, por intermédio da forte parceria com o Laser/ENSP, grupo que tem expertise na área de M&A, estamos em condições de dialogar com atores no âmbito nacional e internacional”, contextualizou o diretor.
 
Para a coordenadora do Laser/ENSP, Gisela Cardoso, é preciso esclarecer que o processo de avaliação, além de promover ajustes nos programas, procura destacar aquilo que é feito de forma positiva pelos gestores. “Tentamos modificar o estereótipo da avaliação, ou seja, de algo que simplesmente julga e critica de forma negativa. Nossa compreensão de avaliação propõe mudanças no sentido positivo”. 

"Planejamento, monitoramento e avaliação fazem parte do escopo da transparência pública"
 
O seminário, que coincide com a 15ª Conferência Nacional de Saúde (15ª CNS), terá sua programação dividida em duas oficinas, nos dias 30/11 e 1/12. A primeira, coordenada por Linda Lee, consultora independente do campo da avaliação no Canadá, abordará o tema Introdução à Avaliação Participativa. A atividade do dia seguinte debaterá as Práticas de translação e avaliação de intervenções na saúde pública, e será ministrada pela pesquisadora da Universidade de Montreal, no Canadá, Louise Potvin. A conferência de abertura será no dia 2 de dezembro, com a palestra Redesigning public health for a sustainable future, a ser proferida pela pesquisadora Astrid Brousselle, da Universidade de Sherbrooke, no Canadá. Confira a programação completa e os coordenadores de cada atividade.
 
“Nos reuniremos com especialistas nacionais, internacionais e diversos parceiros para refletir acerca das nossas experiências, beber de outras fontes e aprofundar todas as ações desenvolvidas, visando, essencialmente, aprimorar o que estamos fazendo e criar novas tecnologias para os próximos PPA e PNS. Ou seja, queremos também analisar se a metodologia utilizada nesse período contribuiu para a obtenção de avanços no âmbito do MS e do SUS”, admitiu Paulo.
 
No que diz respeito à realização do Seminário juntamente com a 15ª CNS, o diretor do Demas/MS revela que o planejamento, monitoramento e avaliação ganham potência política na esfera de um sistema republicano. Um exemplo foi o prêmio conferido pelo TCU, em 2014, como experiência mais importante dentre todos os Ministérios. “Não tratamos de um assunto meramente tecnocrático ou burocrata, como era visto anteriormente. O planejamento, o monitoramento e a avaliação fazem parte do escopo da transparência pública. O cidadão precisa saber se as promessas de governo foram devidamente alcançadas. Casar o seminário com a conferencia potencializa politicamente o que buscamos refletir no seminário”.
 
A coordenadora do Laser/ENSP, além de destacar a importância da idealizadora do seminário, a pesquisadora da ENSP e consultora do Demas, Elisabeth Moreira, comentou a possibilidade de união entre os campos da academia e da gestão. “O seminário é uma forma de promover a interlocução entre a academia e a gestão, de aproximá-los, de fazê-los a pensar juntos. A academia não pode estar afastada da realidade, da mesma maneira que as pesquisas devem estar em sintonia com as reais necessidades da sociedade”, afirmou.

Seminário Internacional Monitoramento e Avaliação para Ação

Especialistas debatem relação entre saúde e desenvolvimento territorial

O Seminário Internacional Determinantes Sociais da Saúde Intersetorialidade e Equidade Social na América Latina reuniu pesquisadores, professores e representantes da sociedade civil para uma discussão sobre Estado, sociedade e saúde no desenvolvimento territorial. A mesa, moderada pela coordenadora de mestrados profissionais da Capes, Eduarda Cesse, contou também com a participação do diretor da ENSP, Hermano Castro, do pesquisador da Fiocruz Bahia Maurício Barreto, do professor da Universidade de Contestado Valdir Dallabrida, das pesquisadoras do Ifakara Health Institute, da Tanzânia, Eveline Geubbel e Masuma Mandami, e do representante do Observatório de Territórios Saudáveis e Sustentáveis da Bocaina, Wagner do Nascimento. O encontro debateu questões como a omissão dos determinantes sociais da saúde nas políticas de saúde, o conceito de território, as invasões e danos no contexto territorial, além de apresentar experiências exitosas no âmbito da saúde internacional.

Para discutir a contribuição da geografia política para a abordagem territorial das políticas públicas, o professor da Universidade de Contestado - Santa Catarina, Valdir Dallabrida, admitiu que o conceito de território possui diferentes noções e concepções. “O território não é outro senão um espaço relacional que se constrói no tempo. Ele pode ser entendido como aquela porção do espaço geográfico na qual uma determinada comunidade se reconhece e se relaciona no seu agir individual ou coletivo, cuja especificidade descende do processo de interação entre esta comunidade e o ambiente. Território pode ser conhecido a partir da imbricação de múltiplas relações de poder: do poder mais material das relações econômico-políticas, ao poder mais simbólico, das relações de ordem mais estritamente cultural. Portanto, não se criam territórios – por decretos –, se reconhecem territórios historicamente construídos por grupos sociais, em processos relacionais.”, explicou o professor.

Dallabrida questionou que se o território é lugar de vivência em que se expressam múltiplas relações de poder, como podemos pensar o planejamento e a gestão do território? Segundo ele, o planejamento essas duas questões devem ser entendidas como um processo de concertação social e tomada de decisão, que envolve atores sociais, econômicos e agentes governamentais de um determinado recorte territorial, visando à definição de seu futuro. "Isso se chama governança territorial. Trata-se de um processo conflituoso, pois o grande desafio é mediar interesses e visões diferenciadas", disse.

"A governança territorial tem diversos propósitos: orientar e promover o desenvolvimento de recursos territoriais, estabelecer voluntariamente relações horizontais de cooperação e parceria territorialmente, entre outros. Mas o que ela pretende, de fato, é contribuir para a coesão territorial e o desenvolvimento sustentável e equilibrado do território. Pensar, discutir e decidir políticas públicas, na perspectiva da governança territorial, exigem espaços de concertação público-privada, uma esfera pública democrática e sem coerção, pois processos deste tipo têm o sentido de exercitar a cidadania”, defendeu ele.

Pesquisador do Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz (Fiocruz Bahia) Maurício Barreto fez um reflexão sobre a omissão de determinantes sociais da saúde nas políticas de saúde. Começando sua reflexão, citou a redução de 20% da mortalidade infantil no Brasil por conta da ampliação da cobertura da Atenção Básica, o acesso à vacinação e o crescimento das taxas de aleitamento materno. O pesquisador destacou que poucos países colocam a saúde em sua Constituição e o Brasil está nesse caminho. A lei 8080, em seu artigo 3º, define que saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. “Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do país”, alertou.

Maurício Barreto apresentou algumas razões para a possível pouca relevância dos DSS nas políticas de saúde, que englobam o peso das explicações biomédicas na área e a despolitização dos determinantes, entre outros fatores. Segundo o professor, nos últimos anos há uma forte ênfase nas abordagens biomédicas para tratar dos desafios da saúde global. O modelo biomédico é orientado para o indivíduo na doença e na saúde. A abordagem é largamente curativa para reparar o corpo e mal inclui medidas preventivas como os programas de imunização em massa. “Os estudos dos DSS, apesar de sua importância, têm se caracterizado por um conjunto de premissas empíricas que identificam as circunstâncias socioeconômicas como as causas-finais ou causas das causas dos desfechos em saúde e das desigualdades em saúde. Além disso, existe um conjunto de pressupostos normativos de que desigualdades sociais em saúde são injustas e, portanto, devem ser retificadas por uma questão de justiça social”, concluiu.

Os custos do progresso

O diretor da Escola Nacional de Saúde Pública, Hermano Castro, abordou em sua fala os danos no contexto territorial, causados principalmente pelos grandes empreendimentos. Segundo ele, o crescimento populacional humano, a globalização e o livre comércio intercontinental são alguns dos fenômenos que fortalecem os mecanismos de introdução de modelos desenvolvimentista com grandes ameaças locais, regionais e globais. Hermano citou, por exemplo, a evolução da dengue nas Américas. Enquanto no século XX apenas cinco países apresentavam casos da doença, atualmente, no século XXI, aproximadamente trinta países contam com este problema  Outro exemplo apresentado foram as emissões de carbono brasileiras provenientes 30% da queima de combustíveis fósseis e 70% pela mudança de uso do solo.



Hermano questionou que tipo de desenvolvimento queremos. “O modelo agrícola que temos hoje é o do agronegócio. No oligopólio da soja temos cinco empresas que dominam o mercado mundial. O custo de produção inicial da soja, por exemplo era de 13 dólares a saca. Com a produção aumentando ano a ano, o preço deveria cair, mas atualmente custa 33 dólares. Ainda sim, persiste o modelo de produção agrícola baseado no agronegócio, dependente do uso de agrotóxicos, com seus impactos extremamente danosos à saúde e ao meio ambiente, levando à contaminação do ar, da água e do solo. O Brasil gera, anualmente, cerca de 100 mil intoxicações agudas e crônicas e 400 óbitos por agrotóxicos. A agroecologia deve ser estimulada para substituir o modo agrícola atual”, explicou.

Hermanos citou também os impactos das mudanças climáticas nas doenças transmitidas por vetores. Dengue, malária, febre amarela, oncercose, esquistossomose e filariose linfáticas são alguns dos exemplos de doenças que terão prováveis alterações na distribuição geográfica em virtude das mudanças climáticas. O diretor da ENSP encerrou sua apresentação falando sobre os custos socioambientais para o progresso trazido pelos grandes empreendimentos, das leis de banimento do amianto em vários estados brasileiros com o fechamento de empresas, e o mais recente caso de crime ambiental da cidade de Mariana. “A lama que vazou de barragens pode provocar problemas ósseos, intestinais e agravar distúrbios cardíacos", afirmou.

Preservar é resistir!

Iniciando sua fala, o representante do Observatório de Territórios Saudáveis e Sustentáveis da Bocaina Wagner do Nascimento, apresentou ao público o documentário Preservar é Resistir. Wagner falou sobre o Fórum de Comunidades Tradicionais e a localização das comunidades, além de ressaltar que os locais que possuem mata conservada no Brasil são aqueles que contam com Comunidades Tradicionais. Segundo ele, a especulação imobiliária é um dos fatores que mais aumenta a pressão nestas comunidades. O representante citou também algumas ações que são desenvolvidas no território por meio de Arranjos Produtivos Locais, com fundos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Fiocruz. Entre elas estão o Turismo de Base Ecológica e a Agroecologia.

Encerrando a mesa sobre Estado, sociedade e saúde no desenvolvimento, as pesquisadoras do Ifakara Health Institute, da Tanzânia, Eveline Geubbel e Masuma Mandami apresentaram o contexto do país, localizado na África Oriental. Cem tribos vivem no local, sendo três quartos delas nas áreas rurais. Segundo as pesquisadoras, o país é extremamente marcado pelas desigualdades sociais, mas vem passando por uma agenda de equidade. Com a implantação de um Plano Estratégico de Saúde foi a primeira vez que os DSS foram contemplados no país. Eveline e Masuma falaram também sobre as pesquisas desenvolvidas no Ifakara.

Um dos trabalhos selecionou 23 distritos para investigar a situação de saúde dos locais. “Uma pesquisa que desenvolvemos identificou que em uma determinada região, crianças e adultos morriam frequentemente de malária. Fizemos uma grande analise e tentamos mudar essa situação. A consequência foi uma enorme diminuição da mortalidade infantil no país, pois milhares morriam de malária na Tanzânia”, ressaltaram as pesquisadoras. Sobre o sistema de saúde do país, ambas afirmaram que ele funciona completamente diferente do sistema de saúde brasileiro, com financiamento por impostos, por recursos próprios e de seguros de saúde. Por fim, Eveline e Masuma falaram sobre o progresso da equidade na Tanzânia e apontaram diretrizes para o futuro, destacando que “a pesquisa não tem valor se não influencia as políticas”.

Música de Câmara: Orquestra Barroca da Unirio apresenta "Amores Impossíveis"