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sábado, 28 de março de 2015

Tuberculose: ações intersetoriais priorizam populações vulneráveis

Após atingir as metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose com três anos de antecedência, o Ministério da Saúde assumiu compromisso de reduzir em 95% os óbitos e em 90% o coeficiente de incidência da doença até 2035. Para o governo brasileiro, além de agir na implementação de testes rápidos, expandir a produção científica na área e incrementar ações de vigilância, é preciso priorizar as populações mais vulneráveis e estimular a articulação com organizações da sociedade civil. E foi com o objetivo de aprimorar esse último quesito e informar a população e os jovens sobre a tuberculose que o Centro de Referência Professor Hélio Fraga e o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da ENSP direcionaram suas atividades durante a Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose. A Escola, por intermédio do Observatório Tuberculose Brasil, também foi representada na sessão do Congresso Nacional que discutiu o tema.
 
Ação no Hélio Fraga Mobiliza estudantes no combate à tuberculose
 
Com o objetivo de fortalecer e esclarecer a respeito dos sinais e sintomas da tuberculose, o Centro de Referência Prof. Hélio Fraga (ENSP) realizou uma ação preventiva com alunos da Escola Municipal Silveira Sampaio, na quinta-feira (26/3), durante a V Mostra ENSP de Mobilização na Luta Contra à Tuberculose. Além dos estudantes, atividade mobilizou funcionários, membros da sociedade civil e gestores a respeito da situação epidemiológica da doença no Rio de Janeiro. Na abertura do evento, o chefe do Hélio Fraga, Otavio Porto, enfatizou a importância do diálogo com os diversos setores da sociedade para eliminar o preconceito em torno da tuberculose.

 
Após a fala de abertura, a representante do Programa de Melhoria de Qualidade de Vida do Nerj (MS), Claudia Regina da Silva Lobo, anunciou a realização de uma peça teatral formada por profissionais de Saúde e produzida pelo Nerj. A atividade artística foi voltada para os adolescentes, com uma linguagem popular e dinâmica, facilitando o entendimento sobre a prevenção, transmissão e o tratamento da doença.
 
Em seguida, os médicos Jorge Rocha, chefe do ambulatório de pesquisa do CRPHF, e Alexandre Milagres, representando o Hospital Municipal Raphael de Paula e Souza, realizaram palestras a respeito da transmissão, do desenvolvimento e da manifestação da doença. O tabagismo, que aumenta significativamente o risco de adoecimento e morte por tuberculose, também foi abordado por meio da apresentação dos vídeos, “Fumar pra quê?” e “Proibido vender cigarros para menores no Brasil”. Visando alertar os estudantes sobre o assunto, Alexandre Milagres afirmou que “o tabagismo é o maior problema de saúde no mundo. A maioria dos fumantes começa antes dos 18 anos”, alertou ciente que, segundo a OMS, mais de 20% da incidência global por tuberculose pode ser atribuída ao tabagismo.
 
Sessão Técnico-Científica do Centro de Saúde Escola e Clinica Victor Valla abordam a tuberculose

Ainda na quinta-feira, o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria e a Clínica da Família Victor Valla realizaram sessão técnico-científica na Tenda do Museu da Vida, no campus Fiocruz. O evento, que teve como público-alvo os profissionais de saúde e atenção básica da região, também alertou para sobre os sinais e sintomas da doença através de atividades artísticas. O elenco da peça foi composto pelos profissionais: Celina Boga, Denise Cotrim, Idenalva Lima, Julio Bordignon, Luciana Ribeiro, Mônica Kramer, Monique Pinho Brandão, Rita Sobral, Slete Ferreira da Silva e Walmir Rosa do Nascimento.


 
A sessão também foi composta por uma roda de conversa formada pelos profissionais. Na ocasião, a médica da unidade Celina Boga esclareceu diferentes aspectos da doença. “A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, muito antiga, também conhecida como tísica pulmonar. Os pulmões são os órgãos mais afetados, mas a tuberculose pode acometer os rins, a pele, os ossos, os gânglios. O contágio ocorre pelo ar, através da tosse, espirro e fala da pessoa que está doente ao lançar os bacilos no ambiente. Quem convive próximo ao doente aspira esses bacilos e pode também adoecer. Sabe-se que o bacilo pode permanecer no ambiente por um período de até oito horas, ainda mais quando o domicílio não é ventilado e arejado.
 
Ao final, foi distribuída a Cartilha sobre Tuberculose. O material, desenvolvido pela médica Celina Boga, foi aperfeiçoado e aprovado pelo GT da Tuberculose do CSEGSF. Compõem o GT: Monica Kramer, Luciana Ribeiro, Monica Bastos e Denise Cotrim e o professor Wellington.
 
Observatório da ENSP participa de sessão do Congresso Nacional em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose
 
Na segunda-feira, 23/3, o Congresso Nacional realizou Sessão Solene em Alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose. Com auditório cheio, o evento foi conduzido pela deputada Erika Kokay, membro da Frente Parlamentar contra a Tuberculose e também presidente da Frente Parlamentar da Aids, e contou com a participação do Ministro da Saúde, Arthur Chioro, parlamentares, profissionais de saúde, gestores, representantes da sociedade civil e da Academia e parceiros intersetoriais.

Além do ministro e da deputada, compuseram a mesa da solenidade: o secretário-executivo da Parceria Brasileira de luta contra a Tuberculose e coordenado do Observatório Tuberculose Brasil da ENSP, Carlos Basília; o presidente da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), Joaquin Molina; e a subsecretária de saúde do município do Rio de Janeiro, Betina Durovni.
 
Carlos Basilia, em sua fala (ouça o áudio) lembrou que o número de casos de tuberculose no país têm diminuído, e reconheceu os esforços do governo nesse sentido. Por outro lado, afirmou que o alto número de casos ainda causam preocupação, especialmente entre a população carcerária, população em situação de rua, população indígena, comunidades empobrecidas e entre os portadores de HIV, que estão mais vulneráveis à doença.


 
O temor de Basilia é que a crise econômica vivida pelo país resulte em cortes no orçamento de programas e estratégias de combate à doença. Outra preocupação atualmente é a redução da disponibilidade da vacina contra tuberculose em postos de saúde, identificada no último mês devido a problemas de abastecimento. De acordo com o Ministério, a situação deverá ser regularizada até o início de abril.
 
“Nos preocupa também que o ajuste fiscal e os cortes orçamentários que hora passa o país venha impactar também no final na transmissão de recursos para trabalhos de organizações não-governamentais;  e que a crise econômica se agrave a ponto de impactar negativamente nos programas sociais e no enfrentamento da tuberculose no país, já que o Brasil protagonizou internacionalmente a inclusão componente de proteção social para as pessoas com tuberculose na nova estratégia global da OMS End TB Strategy pós 2015. Disse Basília
 
Finalizando sua fala o secretário da Parceria leu a Carta aberta a população alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, que também foi entregue em mãos ao Ministro Arthur Chioro.